domingo, junho 13, 2010

Os passos errados que dei,
As palavras vãs que a plenos pulmões gritei,
Não passam de penas largadas ao vento,
E artimanhas fruto do momento.

As lágrimas que por ti em vão chorei,
Os poemas que pela noite dentro entoei,
Não passam de pedras perdidas no chão,
E palavras de pregador meio ladrão.

Os beijos que em ti sonhei,
Os sonhos que em ti depositei,
Não passam de sentidos trocados
E devaneios mal encantados.

O rosto que de ti pintei,
O sorriso entre os teus lábios desenhei,
Não passam de um monte de trapos remendados,
E de actos vis falhados.

E a verdade que não desejei,
A verdade que nunca te direi,
È que mesmo quando te odeio e me minto,
È impossível esquecer que é amor o quer sinto.

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