sábado, janeiro 03, 2009

Tu...

Vim de olhos baixos pela rua.
Para que ninguém visse as minhas lágrimas a cair.
Quando tocarem o chão,
Confundir-se-ão com as gotas de chuva,
E ninguém me verá fraquejar.
Sinto o coração a bater-me forte no peito,
Mas hoje, bate contrafeito.
Porque não foi uma pessoa qualquer,
Quem me fez chorar.
Foste tu…
Tu que me viste crescer,
Tu que me viste tornar mulher.
Foste tu,
Alguém que conhece desde menina,
Alguém que admiro desde pequena,
Que amo e respeito,
Mas que não tem o direito,
De achar que conhece a minha vida,
Os passos que dou,
E dizer de boca cheia que eu sou,
Quem nunca fui,
E que firo quando fui eu quem se feriu.
Não podes por ser mais velha,
Achar que me lês,
Como fosse uma folha
Feita de papel,
Não vês através de mim,
Não olhas para além da pele.
Por muito que te ame,
Adore e respeite,
Não és perfeita para me julgar,
Conheces-me só do exterior,
Não podes pintar-me como te apetece
E esperar que tenha calma,
Tu…
Não sabes o que me vai na alma.

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