Andava tão concentrada,
Em esquecer a sua dor,
Que não se lembrou,
De ver se ainda doía.
Caminhava de olhos fechados,
Porque já sabia o caminho,
E tinha os passos contados,
Mas esqueceu-se de calçar os sapatos
Que ficaram no vão da porta, largados
Não tinha horas para voltar,
Porque sabia sempre que no fim do dia,
Chegava a casa e ela estava vazia,
Não sabia que havia alguém ansioso,
Por a ver chegar.
***
Tinha tanto medo,
Que escondia o rosto em segredo
Quando ela passava,
E com o seu olhar triste, lhe acenava.
Gostava tanto dela,
Que ficava vermelho só de nela pensar,
Corava só de lembrar,
A candura da sua voz, ao o cumprimentar.
Queria tanto dizer-lhe,
Que ele queria fazer-lhe companhia,
Encher-lhe a casa ao fim do dia,
Mas sempre que começava a falar
Sentia a força a lhe faltar,
E as palavras, acabava por guardar.
Não disse nada,
Quando a viu correr descalça,
Pela rua, desenfreada.
Mas o coração bateu-lhe forte no peito,
Não podia ver as lágrimas,
Mancharem o rosto do seu amor-perfeito.
Chegou-lhe perto,
Mas teve medo de tocar,
Parecia uma bonequinha, o seu amor,
Tinha medo de a quebrar.
Voltou atrás,
Regressou a casa,
E esperou até que a noite caiu,
Pelo sua amada que nunca mais viu.
***
Em esquecer a sua dor,
Que não se lembrou,
De ver se ainda doía.
Caminhava de olhos fechados,
Porque já sabia o caminho,
E tinha os passos contados,
Mas esqueceu-se de calçar os sapatos
Que ficaram no vão da porta, largados
Não tinha horas para voltar,
Porque sabia sempre que no fim do dia,
Chegava a casa e ela estava vazia,
Não sabia que havia alguém ansioso,
Por a ver chegar.
***
Tinha tanto medo,
Que escondia o rosto em segredo
Quando ela passava,
E com o seu olhar triste, lhe acenava.
Gostava tanto dela,
Que ficava vermelho só de nela pensar,
Corava só de lembrar,
A candura da sua voz, ao o cumprimentar.
Queria tanto dizer-lhe,
Que ele queria fazer-lhe companhia,
Encher-lhe a casa ao fim do dia,
Mas sempre que começava a falar
Sentia a força a lhe faltar,
E as palavras, acabava por guardar.
Não disse nada,
Quando a viu correr descalça,
Pela rua, desenfreada.
Mas o coração bateu-lhe forte no peito,
Não podia ver as lágrimas,
Mancharem o rosto do seu amor-perfeito.
Chegou-lhe perto,
Mas teve medo de tocar,
Parecia uma bonequinha, o seu amor,
Tinha medo de a quebrar.
Voltou atrás,
Regressou a casa,
E esperou até que a noite caiu,
Pelo sua amada que nunca mais viu.
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