***
Não tinha para quem voltar,
Tinha os pés feridos,
De tanto andar,
Os olhos inchados, pesados
De tanto chorar.
Sentou-se na berma da estrada,
Cansada e pensou:
“De que me adianta voltar,
Se não tenho alguém á espera,
De me ver regressar?”
Sabia que ele já não a amava,
Já não era por si que suspirava
Estava cansada de fingir,
Que já não o amava também
E que ele apenas mais um para si
Um insignificante alguém.
Levantou-se
Sacudiu o pó do vestido carmesim,
Limpou ás lágrimas da cara,
E continuou a andar,
Jurou a si mesmo nunca mais voltar.
**
Chegou a manhã,
Ele continuava á janela,
À espera dela.
Enquanto o peito apertava
De preocupação pela amada,
E jurou a si mesmo,
Dizer-lhe “Amo-te
Não te esqueci
Ainda és o ar que respiro,
Preciso de ti”
***
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