sábado, janeiro 12, 2008

Medos...

Não descanso, não durmo
Estou condenada a vaguear assim,
Vivo hoje o amanhã, na alma que consumo
Perguntando o que ontem viveu em mim.
Procuro respostas a perguntas que não encontro
Escondo-me nas sombras, temendo o confronto
Do passado, presente e futuro,
Por isso fujo, escondo-me num refúgio seguro.
Tenho cobardia de me olhar no espelho e ver,
O que fui no passado, sorrir tristemente
De pena e desdém do seu futuro presente.
Porque mais de que aos outros,
Tenho medo de me desiludir a mim.
Medo de acordar e ver, ao os olhos abrir,
Que sou apenas um projecto, um pedaço,
Uma sombra, um esboço,
Do que um dia me propus vir a ser
Um corpo de alma vazia,
Mais uma entre tantos, séria, triste, fria.

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