quarta-feira, janeiro 02, 2008

Laços

Laços
Genuínas ligações ocasionais
Frágeis como uma pequena lágrima,
Ou fortes como míticos vendavais,
Quebram ao mais leve toque,
Com a menor das oportunas mentiras,
Não resistem ao choque de cruéis partidas,
Ou, erguem-se como fortes muralhas
Com o lento passar de mil vidas,
De conjunta batalha, feridas...
Cabe a quem por eles se une,
Entender a verdade a que se resume,
A premissa destas casuais alianças,
Forjadas de frívolas fés e tristes esperanças.
Pois,
Os olhos não se fecham eternamente,
Não resistem ao choque de,
Mascaras caídas pelo chão,
Falsas frases ditas levemente,
Realidades distorcidas a mercê de quem vê
Ultrajes velados pelo sorriso vão.
Laços...
São como uma delicada flor...
Para que viva precisa ser cuidada,
Crescer em terra fértil, ser regada...
Se um dia á agua seca,
Se a terra amarga,
A pequena flor esmorece,
As pétalas fogem como quem esquece
E aquele ser pura e simplesmente,
Deixa de estar presente..
Laços
Nascem de uma única palavra
Padecem num só olhar, num único engano
Uniões ocasionais, desígnios de um destino
Simples nós que qualquer um quebra
Claros sentimentos,
Frutos de breves momentos,
Geram um elo de natureza ilusória
Que o tempo aos poucos apaga na memória...
Laços, simples pedaços de papel...

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