Conveio-te um dia,
Pintar- me,
Como uma casca de noz,
Partida ao meio,
Oca e vazia…
Olhos alheios, não vêem…
Mas mentes manipuladas,
Acreditam em tudo quanto se lhe diz.
Assim achas-te por bem,
Fazer de mim outro alguém,
Acusar-me de culpas que não tive
E Iniquidades que não cometi.
Para fazer de mim um reflexo de ti.
Deu-te jeito…
Na tua versão da história…
Eu ser a má da fita,
E tu tua menina bonita…
Triste e abandonada,
Sozinha e maltratada.
Conveio-te…
Esquecer de plantar nesses férteis pensamentos,
Dessas mancebas de ocasião
Que foste tu quem caminhas-te sozinha,
Na direcção contrária à minha.
Quando aprendi a dizer-te não.
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