Ainda te lembras?
Do tempo em que o horizonte,
Acabava nos nossos olhos?
E o mundo,
Nos cabia nas palmas das mãos?
De correr pela casa,
A fingir ter asas para voar?
De gritarmos tão alto,
Que as paredes pareciam desabar?
Ainda te lembras?
De quando valia a pena atravessar espinhos,
Para colher uma rosa, num fosso?
E de quando o medo,
Era um segredo só nosso?
Ainda te lembras?
Das guerras de almofadas,
De quando éramos heróis e vilões dos contos de fadas;
Das tardes passadas ao sol,
De barriga para o ar?
Dos nossos olhares inocentes de criança,
Capaz de rir alegremente,
E de se atrever a sonhar?
Ainda te lembras,
Que um dia já fomos
Domadores de destinos,
Enquanto éramos somente meninos?
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