terça-feira, agosto 12, 2008

De costas voltadas ao sol...

Sinto o tempo voltar atrás,
Ando os mesmos caminhos
De costas voltadas ao sol
Vejo-me recuar passo após passo
Tento parar, seguir em frente;
Os pés prendem-se ao chão
Colam-se no alcatrão fresco,
Tanto faz gritar, gemer, suplicar
Que do não se faz sim, do sim se faz não
Continuo a recuar
Sem que nada me pare
De que adiantou agarrar-me ao chão?
Se os dedos sangram e perdem a força
E o meu corpo se deixa levar...

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