quarta-feira, julho 30, 2008

Caminhava sem céu...

Andava só pela rua,
Dia após dia...
Pelos mesmos passeios
Pelas mesmas pessoas,
Nas mesmas esquinas
Apressadas nas suas vidas citadinas
De gente da cidade que sabe onde ir
De inícios e fins, meios e afins...
O chão esbatia-se pelo olhar
Olhar de quem vê cansado
De quem cede sob mesmo ar pesado.
Nem sabia sequer,
Do céu acima desse seu corpo toldado
Do peso nos braços arrastado.
Não conhecia a leveza do vazio iluminado.
Até que um dia cansado, parou...
Pousou sob as pernas traçadas,
O saco das velhas memórias carregadas
Fechou os olhos, quase sem dar conta
Ergueu-os ao desconhecido
E pela primeira vez em uma de muitas vidas
Sentiu-se verdadeiramente vivo.

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