Faz-se tarde, passámos da hora...
Desce a cortina vermelha,
Estamos todos de costas,
Ouvimos ao longe aplausos alheios
Começou a peça...
Vamos uma vez mais fazer de conta,
Somos bons nesta arte de fingir...
De olhos abertos somos cegos,
Ouvimos cada sibilo e somos surdos
Falamos pelos cotovelos mas somos mudos,
Somos bons
Mesmo bons, quem sabe os melhores...
Nesta divina arte, submissa da realidade,
Somos mestres
Do faz de conta...
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