Preciso do teu sorriso de pano
Que me dá sempre aquele doce engano
Que aceito cega sem questionar.
Hoje mais que nunca preciso dessa aparente paz
E desse amor incondicional que me dás.
Preciso de um cantinho no teu coração de alfinetes
Onde sempre me guardas um lugar especial.
Não consigo erguer os olhos e olhar o meu reflexo,
Falta-me a força para me aceitar como um ser sem nexo...
Falta-me a coragem para entender que não faço sentido
Que se algo não mudar, posso dar tudo como perdido...
Hoje tenho medo do que me mostra o espelho;
Medo do que se reflecte naquele vidro velho...
Sinto-me dormente, adormecida perante a vida...
Hoje sinto que é ela quem passa por mim
E que apenas sorrio triste, aceno e digo que sim...
Preciso do teu sorriso de pano
Esse teu sorriso de pano que mostras com gosto
Dá-me sempre aquele doce engano
Que aceito cega sem questionar...
Preciso desse teu sorriso rasgado
E dá aparente paz que sempre me dás
Que faz esquecer de abrir os olhos e sonhar,
Porque o chão debaixo dos meus pés começa a desabar.
E eu não tenho forças para correr
Nem conheço outro lugar para me esconder.
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