domingo, junho 15, 2008

Sorriso de pano

Preciso do teu sorriso de pano
Que me dá sempre aquele doce engano
Que aceito cega sem questionar.
Hoje mais que nunca preciso dessa aparente paz
E desse amor incondicional que me dás.
Preciso de um cantinho no teu coração de alfinetes
Onde sempre me guardas um lugar especial.

Não consigo erguer os olhos e olhar o meu reflexo,
Falta-me a força para me aceitar como um ser sem nexo...
Falta-me a coragem para entender que não faço sentido
Que se algo não mudar, posso dar tudo como perdido...


Hoje tenho medo do que me mostra o espelho;
Medo do que se reflecte naquele vidro velho...
Sinto-me dormente, adormecida perante a vida...
Hoje sinto que é ela quem passa por mim
E que apenas sorrio triste, aceno e digo que sim...


Preciso do teu sorriso de pano
Esse teu sorriso de pano que mostras com gosto
Dá-me sempre aquele doce engano
Que aceito cega sem questionar...

Preciso desse teu sorriso rasgado
E dá aparente paz que sempre me dás
Que faz esquecer de abrir os olhos e sonhar,
Porque o chão debaixo dos meus pés começa a desabar.
E eu não tenho forças para correr
Nem conheço outro lugar para me esconder.

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