Segundo acto

Finge lá comigo...
Encarna essa personagem
Esse herói destemido
Que conquista o punho da espada
E arrebata o coração da amada...
Anda lá.
Vamos fingir.
Fazer de conta... Anda sonhar comigo
Eu sou aquela alma sem abrigo
E tu o príncipe que me estica a mão
Me leva no seu cavalo branco
Para o horizonte que foge da visão.
Eu sou a donzela presa na masmorra
E tu o cavaleiro que trepa a muralha
Vamos, não custa nada sonhar um pouco
Finge comigo...
Eu finjo que na existes na verdade
Tu finges que és real para me fazer a vontade.
Anda daí fingir comigo...
Fechamos os olhos, aperta a minha mão
E podemos brincar ao faz de conta, então.