terça-feira, abril 08, 2008

Dá o braço a dobrar...

Vá lá admite...
Já sabes que se dizes sim
Eu digo não
Se mandas eu recuso
Se pedes eu fujo...
Conheces-me bem
Demasiado bem para negar
Que vives deste costas com costas
E desta nossa arte de lutar.
Vá admite
Que no fundo até te orgulhas
Das muitas guerras e bulhas
Que travamos ao limite.
Dos gritos e berros
Vindos das nossas vozes revoltas
Admite que até te orgulhas
Desta filha meio travessa
Que tornas-te no medalha reversa
Admite que lá que somos sempre
Eu a tua filhinha e tu o meu papá!!!
Vá, admite também tu, mãe
Que apesar desta preguiça vã
Ainda sou aquela menina pequena
Frágil, indefesa, apressada e travessa
Que corria pela casa descalça
À procura da sua mamã
Gritando como se não houvesse amanhã
Admite lá mãezinha...
Que por muito que finjas
Por muito que não o mostres
Ainda achas que sou a tua meninha...
Eu também admito
Dou o braço a torcer
Admito que com vocês ao lado
Me dá um pouco menos de medo
De finalmente crescer.
Por saber
Que se a mágia em mim acabar
O brilho que tive estará sempre no vosso olhar.

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