segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Caminho sem rumo

Ando pela rua
Dispersa na multidão,
Sou uma em milhões
Perdidos na solidão.
O céu cinzento
Cobre-me o olhar
Rouba-me o pensamento
Impede-me de sonhar.
O chão sujo, moribundo
Prende-me os pés e,
Faz-me perder o rumo
Uma e outra vez.
As pessoas que passam
São vultos vazios sem nexo
Corpos errantes sem rosto
Que andam sem destino suposto.
E eu?
Eu caminho de encontro ao nada
Procurando um tudo que não existe
Olhando em volta,
À procura do pedaço de mim que falta.
Eu? Eu caminho sem rumo na procura
Corro na esperança infortuna de encontrar
Algo que talvez nunca venha a achar.

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