domingo, fevereiro 03, 2008

12 badaladas

Meia noite.
Os olhos começam a querer fechar
E a boca deixa-se, lentamente, bocejar
Mas eu; eu, não quero dormir...

Tenho medo daquilo que irei sonhar...
Uma da manhã, desisto...
Vou dormir, estou cansada, mas,
Hoje não sonho contigo,
Nem em pensamento, te quero comigo.
Duas, bem tentei,

Deixar-me adormecer, mas,
Só consigo pensar em ti
Como já não suporto o teu sorriso
O teu olhar meigo, de que não preciso.
As tuas palavras tontas, sem sentido
Que no fundo têm tudo a ver a comigo.
Três...
Pergunto-me onde anda o sono...
Preciso do meu mundo de sonho
Para esquecer este, onde não te tenho...
O relógio já deu as quatro,
E eu descalça ás voltas pelo quarto...
Cinco,seis...
E tu que da cabeça não me sais...
Já não te suporto
Quase já te detesto
Por roubares o sossego que tanto gosto.
Sete
Os raios de sol rasgam a minha janela
Mais um dia, uma nova manhã...
Mais tempo para pensar o quanto sou tola
Oito...
Apetece-me chorar,
Tenho raiva de mim
Por gostar de ti assim...
Nove...
Já não posso com o peso das lágrimas
Gosto menos de ti agora...
Dez...
Já gosto um pouco mais te ti outra vez
Lembrei-me de como me fazias rir
De como um sorriso teu tambem me faz sorrir
Sou tão tonta, tola, burra, até talvez...

Onze...
O tempo passa devagar
Foge-me por entre os dedos
Só para não o apressar...
O relógio deu as doze badaladas.

Por fim...
O meus olhos começam a fechar
Cada um dos meus musculos, a relaxar

Sinto o ar que respiro passar ao de leve
Um frio quente como o toque de neve
Talvez seja o sono a chegar
O corpo que deixa de aguentar,
Ou talvez seja eu a desistir

Talvez seja eu a deixar de reagir
Talvez seja eu a deixar de por ti, lutar.


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