segunda-feira, agosto 03, 2009

A menina

Vou contar um pequeno conto,
Acrescentar á história o meu ponto.
Era uma vez uma menina,
Pequena e franzina,
Que parecia viver num mundo só seu.
Diziam que vivia de olhos postos no céu,
E se esquecia de olhar o chão.
Diziam que não ouvia,
A voz da realidade que a envolvia,
Todos diziam que pouco ou nada,
Do mundo sabia…

Quem passava o lado,
Queixava-se de não ser olhado,
Quem lhe falava,
Sentia que não era ouvido,
Quem a sentia,
Lamuriava-se de não ser sentido…

Ao olhar de cada individuo,
A menina,
Parecia um ser quieto e inerte,
Adormecido,
Distante…
Todos o diziam
“È frágil, inocente, ingénua,
Normal, para uma menina pequena”

Um dia a menina,
Pequena e franzina,
Cansou-se do falar das gentes,
Abriu a boca e lembrou:
Não é preciso falar para ouvir,
Estar ao lado, para estar presente,
O olhar não alcança os confins do horizonte,
Mas o que os olhos não vêem, o coração sente,
E nem sempre quem diz sentir, sente,
Muita gente simplesmente mente…

A moral da história?
Essa é simples…
A menina…
Apesar de pequena e franzina,
Não era assim tão menina…

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