sábado, maio 24, 2008

Tonta

Pequena boneca tonta
Que te passeias pelo palco
Livre, solta, até meio louca
Pára um pouco
Sente-te respirar
Deixa-te lembrar
De quando eras apenas pano
Pedaços de tecido novo sem dano
Em como eras vazia
Desprovida de nexo
Sem significado, crua, fria.
Deixa-te parar
Pára a dança por um segundo
Abre os olhos ao mundo
Vê...
Como os rasgos,
Os alfinetes, os remendos
Fazem já parte de ti...
Vê...
O que tentas esconder,
Fez-te crescer...
E tu, sua tonta, taralhoca
Envergonhas-te de mostrar
Que és mais que pano velho
Não és a mesma, mas outra...

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