domingo, maio 11, 2008

Velho amigo

Há tanto para dizer
Mas, ao mesmo tempo,
Já disse tudo...
E o que não disse,
Dei-te a entender...
Pedi-te que me desses a mão
Me protegesses no teu abraço
E caminhasses comigo,
Rumo a um destino desconhecido...
Pedi-te que me deixasses
Que me largasses da mão
Para poder partir,
Achar-me e regressar.
Á beira da tua porta
Com o coração nas mãos
Para o colocares no lugar
Onde sempre pertenceu
Onde sempre deveria estar...
Iludi-me ao pensar
Se é que pensei,
Que estarias á minha espera...
Sabes que acabo sempre por partir,
Com a desculpa de me encontrar...

Porque havias tu de esperar
Se no fundo sabemos os dois
Que fujo só para não me achar...
Vivi perdida nos meus sonhos
Imersa nos meus mundos
A travar batalhar próprias
Em que nunca te deixei entrar...
Acabei por perder-te
E tarde demais percebi
Que sem ti não me achava
Porque sem ti já não era nada.
Mas...
Amei-te de veras
Da minha maneira torta e tola
Juro que te amei...
Faz
-me falta esse sentimento,
Que imaturo e miúdo
Me preenchia o peito
De um nada que para mim era tudo,
Dava-me olhos de criança
Magia, imaginação, esperança...
Fazes-me falta...
Amor antigo, velho amigo...
Porque nada se parece
Nada chega, nada se assemelha
Ao que tive, ao que senti contigo...
Fazes-me falta velho amigo...

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