Não sei bem o meu lugar...
Se hei-de ir,
Se devo ficar
Sem nunca partir...
Deixei de me sentir bem aqui
Esta concha que me prende
Limita-me a mim
O mundo estende
E em mim, sou pequena
Para o seguir...
Em mim sou fraca,
Para tudo o que há a dizer
Em mim, não basto
Não me chego...
Este coração de alfinetes
Precisa de mais
Aqui neste, que não é o meu lugar
Nada chega...
Nada basta...
Tudo não passa de uma réstia,
De um terço de tudo o resto.
E esta boneca de pano,
Sente-se presa, amargurada
Neste local que é tudo, mas não é nada.
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