quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Lembrar-me de ti

Olho os livros largados na minha estante
Vejo os grãos de pó que o tempo depositou
E lembro á quanto tempo não lhes pego
A quanto tempo deles não me lembro.
Abro as páginas, uma a uma
Tentando relembrar cada palavra
E vejo alegre que a memória ainda não me falha.
Ao tocar cada folha, vejo algo passado
E rio por ainda não me ter esquecido,
Palavras que jurava ter perdido.
Gostava que fosse assim contigo.
Queria poder colocar-te numa prateleira da estante
E lembrar-me de ti só de vez em quando
E rir com uma saudade doce de algo passado,
Uma história bonita mas encerrada
Sem lacunas sem falsas fachadas.
Gostava que a nossa história não tivesse paginas dobradas
Ou amarrotadas pelas lágrimas que chorei
Porque nós não fomos o conto de fadas que sonhei,
Tu não eras o meu rei, e eu estava longe de princesa
Deixei cair o que tinha por terra, na procura de outra beleza.
Queria que ganhasses pó na minha estante
De tão pouco pensar em ti.
Queria arrumar-te numa prateleira,
Num canto da minha mente, lá bem no fundo
E lembrar-me de ti com saudade só de vez em quando.

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