segunda-feira, janeiro 28, 2008

Luar

Olho o céu a cada dia
Como se fosse a primeira vez na vida
Bebo melodicamente o luar
Deixo que lave o olhar
Ouço atentamente o seu cantar
Leva para longe a dor
Leva para longe o meu fantasma encantador
Esconde-o no brilho fugidio das estrelas
Perdi-o para elas.
Então sentada na minha janela
Vejo onde a luz da lua me leva
Abandono a física fachada,
Liberto as amarras que mantêm aprisionada.
Abro as asas, voo livre pelo ar
Voo para longe, além do firmamento
Longe da dor do pensamento
É no brilho do tímido do luar
Que me permito a sonhar
Que, de veras, sou feliz, completa.
È sob o manto do luar que me sinto mais que uma boneca
Mais que uma velha cansada marioneta.
È na magia que o luar emana
Que sinto que sou de carne e osso, humana.

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